sexta-feira, 2 de outubro de 2009

OS PLANOS DA EXISTÊNCIA HUMANA






Os planos da vida

O assunto que se inicia nesse artigo visa dilatar o horizonte daqueles que buscam a verdade. Nosso intuito é passar alguns conhecimentos adquiridos através da observação e estudo.

Existem muitos livros sobre o assunto (citaremos os que nos serviram de base no fim do artigo), de diferentes filosofias, que em muitos pontos se complementam e em outros se contradizem. Longe de ser motivo para frustração, a contradição nos leva à reflexão, à busca do entendimento próprio, até porque vivemos a luz daquilo que acreditamos; nós criamos a nossa realidade e isso é expresso de forma ainda mais real no plano astral.

O plano astral e o físico não são os únicos que nos interpenetram. Em verdade, os planos da vida, citados pelos estudiosos esotéricos são em número de sete.

Estes planos se interpenetram, e os mais sutis estão presentes nos planos de vibração inferior, como é representado na figura 1. A matéria que forma o plano mais denso, que é o nosso conhecido mundo físico, em essência, é a mesma matéria que forma os Planos mais elevados e sutis. A diferença, está apenas na qualidade vibratória que caracteriza cada Plano.


Os planos existentes são: - Divino - conhecido pelos hindus como ADI, isto é,uma vibração sutilíssima que permeia tudo.
- Monádico - conhecido pelos hindus como ANUPADAKA, olocal onde vibram as mônadas ou centelhas divinas, também denominadas Cristo Interno.
- Espiritual - conhecido pelos hindus com o ATMICO, quer epresenta o plano da expressão mais elevada da centelha divina.
- Intuicional - conhecido pelos hindus como BÚDHICO, ou seja, o plano onde vibra o amor mais puro, a intuição mais perfeita, a devoção mais elevada e a Sabedoria.
- Mental - conhecido pelos hindus como MANAS. Este plano é subdivido em dois subplanos: o Mental Abstrato (ou só abstrato) e o Mental Concreto (Intelectual) . Esse plano é a expressão do raciocínio, da inteligência e dos pensamentos.
- Astral - Esse plano é a expressão dos sentimentos, desejos e emoções.
- Físico - é o plano das formas e dos movimentos, das cores, luminosidade, peso, volume, etc.


Resumindo: todos os planos se interpenetram, e suas vibrações estão em todos os lugares. Contudo, as vibrações mais sutis sempre interpenetram e permeiam as mais densas, e nelas influem, ao passo que as mais densas e mais condecoradas, não influenciam as mais sutis.



Definição

O plano astral é, por assim dizer, o plano dos desejos, onde vibram as emoções, resplandecendo aquelas que são sublimes ou afundando as emoções desregradas, seja o espírito encarnado ou desencarnado.

A matéria nessa plano da vida é mais sensível que a existente no plano físico e está sujeita a modificações de acordo com a vontade e conhecimento (poder intelectual) do espírito.

Um espírito amigo, por exemplo, pode se mostrar luminoso, modificado em sua aparência em um momento de auxílio. Ele pode tomar a forma que possuiu em uma encarnação anterior. É o exemplos dos vovôs, vovós, pretos velhos e outros que na Umbanda se expressam com a aparência que tiveram em uma vida anterior, e, no entanto, se mostram com outra aparência em uma reunião que por ventura participem em um centro espírita (vide a obra "Tambores de Angola", de Robson Pinheiro Santos).

Um espírito obsessor ou um mago negro podem assumir formas horrendas e até criar um ambiente "sinistro" em volta daquele que deseja aterrorizar. Muitos pesadelos (não todos) são reflexos da influência mental desses vigorosos trabalhadores das trevas.

O ambiente astral se ilumina ou ofusca conforme o estado emotivo do espírito. O tipo de emoção reflete nas cores a sua volta, no odor, na luminosidade.

A matéria que se reúne em volta do corpo astral do espírito, esteja ele desdobrado durante o sono físico ou desencarnado, é suscetível ao padrão vibratório em que se encontra, atraindo forças positivas e luminosas quando está em harmonia e, no sentido inverso, atraindo para si forças pesadas e escuras quando está com raiva, rancor ou somente falando mal de outra pessoa.



MATÉRIA

A matéria astral é de densidade e vibração superior àquela da matéria física.

No plano físico temos que utilizar elementos físicos para realizar alterações e modificações na matéria física. Já na matéria astral, a emoção, o desejo e o sentimento modificam essa matéria plástica, que está sujeita às ondas emocionais e reflete um colorido odor e brilho de acordo com o nível vibracional emitido pelo espírito.

A água, o sabão e os produtos químicos são os elementos que realizam a limpeza no plano físico. Temos, no entanto, um cenário diferente no plano astral: a pureza dos sentimentos, a ausência de desejos e a entrega ao amor fraterno são os elementos revitalizadores e higienizadores do plano astral.

Os irmãos do plano astral também se utilizam do magnetismo astral, por assim dizer, para o auxilio fraterno aos que ainda sofrem. Realizam através das operações magnéticas a limpeza e transfusão de energias astrais para ajuda aos desencarnados e encarnados necessitados.

A matéria astral ?pesa? de acordo com o padrão vibratório. Assim, a matéria astral impregnada de ódio, raiva , inveja e maledicência tende a afundar, sendo atraída para as áreas inferiores desse plano.

Espíritos já treinados no controle do seu corpo astral podem controlar o seu nível vibratório, ou seja, a qualidade da matéria astral constituinte do seu corpo astral. Fazem isso para tornarem-se visíveis aos espíritos desencarnados que se encontram em um padrão vibratório inferior (vários livros de André Luiz citam passagens como essas).

Em uma ação inversa, espíritos superiores podem se encontrar em zonas de baixo padrão vibratório sem serem notados e sem se "misturar" com o ambiente impregnado de energias deletérias.

Podemos concluir então que mesmo nas zonas inferiores do astral, nos abismos espirituais ou nas trevas, sempre existe toda a qualidade de matéria.

O espírito vive sob a ilusão emocional do seu desvario, caindo nos precipícios da falta cometida por ele próprio ou, vivendo as venturas de uma existência guiada pelos perfumados ensinamentos do nosso senhor Jesus Cristo.



Subplanos

No plano astral, assim como no físico, existem construções, paisagens, animais, cidades, hospitais e etc. É a vida, em uma expressão mais bela, mais sutil.

Contudo, a matéria que constitui cada um desses ambientes pode variar imensamente. O plano astral possui Sete subplanos e em cada um deles teremos um padrão vibratório diferente, que no fundo reflete os pensamentos e emoções de seus habitantes.

Habitantes de subplanos superiores podem visitar os ambientes formados nos subplanos inferiores, contudo, o inverso não é verdadeiro.

Para facilitar o aprendizado, podemos separar esses subplanos como faixas vibratórias, onde espíritos que se afinizam a essas são atraídos (Lei da Afinidade).

Só conseguem perceber o ambiente existente em uma determinada "faixa vibratória" espíritos que possuam aquele padrão vibratório ou superior, ou seja, dois espíritos que estejam em um mesmo local podem ter visões completamente diferentes. Tudo dependerá do seu grau evolutivo, e, conseqüentemente, do seu padrão vibratório.

As paisagens existem em vários níveis do plano astral, dos mais baixos aos mais elevados, com inúmeras gradações.

Temos desde construções rudimentares e tétricas nas zonas inferiores do astral, até a excelsitude diáfana habitada por seres bastante evoluídos.

Mostraremos agora os sete subplanos ou sete faixas vibratórias existentes no plano astral


1ª Região - Sétimo Subplano

Conhecido como "Trevas", inferno ou charcos espirituais.

Região escura e de horror. Lugar onde os espíritos de mais baixo padrão vibratório expurgam as energias deletérias que agregaram para si durante sua estada na terra. Encontramos aí pervertidos , facínoras, malvadões.

Essa região fica abaixo da terra, entre as rochas, no fundo dos mares, sob os pântanos.

Pode-se fazer uma analogia desse subplano com um poço, que conforme se vai descendo, mais escuro, frio e sombrio se torna.

Assim é a região das trevas. Os seus habitantes, de acordo com o "peso" e a "gravidade" dos seus delitos e mazelas, "afundam" para um lugar específico desse subplano, que é bastante grande.

O Astral Inferior, como também é chamado esse subplano, atrai para si, pela lei de afinidade, as emanações de baixo teor vibratório dos encarnados, transformando essas regiões em "charcos pestilenciais" . Em algumas obras encontram-se citações sobre animais que vivem nessas regiões e se alimentam dessas emanações tóxicas, evitando que a concentração de fluidos tóxicos fique insuportável.

Aí reina fero animalismo, de tal forma que, por vezes, o espírito desencarnado assume formas de animais (licantropia) causadas pela própria mente da criatura embrutecida ou hipnotizada por "elementos perversos" (obsessores ou magos negros).

O conhecido Umbral da literatura espírita está na zona limítrofe entre o sexto e o sétimo subplanos.

Sobre esse subplano afirma André Luiz no livro Evolução em Dois Mundos: "E porque o pensamento é força criativa e aglutinante na criatura consciente em plena Criação, as imagens plasmadas pelo mal, à custa da energia inestancável que lhe constitui atributo inalienável e imanente, servem para formação das paisagens regenerativas em que a alma alucinada pelos próprios remorsos é detida em sua marcha, ilhando-se nas conseqüências dos próprios delitos, em lugares que, retendo a associação de centenas de milhares de transviados, se transformam em verdadeiros continentes de angústia, filtros de aflição e de dor, em que a loucura ou a crueldade, juguladas pelo sofrimento que geram para si mesmas, se rendem lentamente ao raciocínio equilibrado, para a readmissão indispensável ao trabalho remissor."


2ª Região - Sexto Subplano - Terra

Encontram-se conosco, vivendo os dias de suas tristezas e expiação, os espíritos que estão apegados ao mundo e ainda não conseguiram largar os desejos e as paixões do mundo.

Também podem se encontrar no sexto subplano os espíritos que expurgaram muito dos seus desvarios nas zonas inferiores e, ao recuperarem a sua limitada consciência, optaram por se vingar, por obsediar, por odiar, transformando- se em soldados dos gênios do mal. Muitos realizam "trabalhos", feitiços, vampirismo e toda sorte de técnicas para o desvio de espíritos que buscam sua redenção. Não são poucos os que se encontram nesse estado.

Também temos aqui espíritos brincalhões, acomodados, viciados, alcoólatras, e irmãos que por apego a religiões fanáticas, não conseguem distinguir a vida espiritual da material. É um turbilhão que envolve e seduz a todos os invigilantes do proceder evangélico.

Muitas colônias espirituais mantém núcleos de apoio na terra, em centros espíritas (que funcionam como hospitais), ou nas casas de irmãos que se predispuseram a esse trabalho sacrificial. Os irmãos colaboradores dos planos superiores utilizam esses postos como ponto de descanso e apoio. No livro "Os Mensageiros" , de André Luiz e Chico Xavier é mostrada a importância desse tipo de local no sexto subplano.


3ª Região - Quinto Subplano

Nesse plano encontramos espíritos sofredores, de maior poder intelectual. Aqueles que ainda não mudaram de atitude após a morte podem chegar até esse subplano. Este pode ser considerado como limite para os irmãos ignorantes das verdades do Cristo. É por isso que as construções espirituais situadas nesse subplano (geralmente chamadas de Postos de Socorro) necessitam de uma proteção constante os espíritos que aí atuam. Os trabalhadores desses postos precisam de grande desprendimento e amor, para suportar o ambiente ainda opressivo das emanações inferiores, geradas pelos encarnados e desencarnados.

Encontramos no livro "Os mensageiros" (André Luiz e Chico Xavier) a menção a um Posto de Socorro chamado "Campos da Paz".

O trecho que se segue, retirado deste livro descreve bem o tipo de espírito que se encontra nesse subplano. É importante lembrar que a irmã que conversa com André Luiz faz comparação aos espíritos sofredores que se encontram em nosso Lar (nível superior):

"... Creia que os sofredores que atingem o seu núcleo já se encontram a caminho de excelentes realizações. Naturalmente que os irmãos desequilibrados, que por lá existem, já se torturaram pelo vagaroso despertar da consciência, já sentem remorsos e arrependimentos indicativos de renovação. São sofredores que melhoram progressivamente, porque o ambiente da cidade é de elevação positiva. Onde a maioria vive com a bondade, a maldade da minoria tende sempre a desaparecer. "Nosso Lar", portanto, mesmo para os que choram, possui soberanas vantagens espirituais. ..
... Vocês conhecem lá muitos espíritos sofredores, mas, em "Campo da Paz", conhecemos muitos Espíritos obsessores. Lá poderá existir muita gente que ainda chora; mas em nosso meio há muita gente que se revolta. É mais fácil remediar o que geme, que atender ao revoltado. Nas câmaras a que você se refere, vocês retificam erros que já apareceram, dores que já se manifestaram; mas aqui, meu amigo, somos compelidos a lutar com irmãos ignorantes e perversos, que se sentem absolutamente certos nas fantasias perigosas que esposaram, e vemo-nos obrigados a atender a doentes que não acreditam na própria enfermidade. "

Falando sobre a localização de "Campo da Paz":
"... Aliás, é natural que assim seja. Estamos a pouca distância dos homens, nossos irmãos na carne. E sabemos que, na Crosta, a situação não é diferente... "

Nesse mesmo livro encontram-se menções a tempestades que ocorrem nesse subplano, com o objetivo de "limpar" o ambiente carregado que aí se encontra.


4ª Região - Quarto Subplano

Região vibratória superior que, pela humilde pesquisa realizada, acreditamos que espíritos sofredores e malignos aí só podem chegar levados por espíritos benfeitores, que os levam para tratamento, socorro espiritual. Somente os redimidos, os que se arrependeram dos delitos conseguem permissão para aí estagiar.

Acreditamos também que nesse plano é que começam a existir as colônias espirituais. A partir desse subplano encontraremos colônias habitadas por espíritos de maior estirpe espiritual.

Pelo que pudemos perceber, no caminho percorrido por André Luiz no livro "Os Mensageiros" ,a colônia espiritual Nosso Lar deve estar entre o terceiro e o quarto subplano.

Para se ter uma idéia da distância e da influência das vibrações da humanidade, retiramos o trecho que descreve uma parte da viagem de André Luiz junto ao instrutor espiritual:

"... Depois de empregarmos o processo de condução rápida, atravessando imensas distâncias, surgiu uma região menos bela. O firmamento cobrira-se de nuvens espessas e alguma coisa que eu não podia compreender impedia-nos a volitação com facilidade. Creio que o mesmo não acontecia ao nosso instrutor, mas Vicente e eu fazíamos enorme esforço para acompanhá-lo. .."

O abnegado instrutor assim respondeu sobre a região que adentravam.. .
"... Estamos penetrando a esfera de vibrações mais fortes da mente humana. Achamo-nos a grande distância da Crosta; entretanto, já podemos identificar, desde logo, a influenciação mental da Humanidade encarnada. Grandes lutas desenrolam-se nestes planos e milhares de irmãos abnegados aqui se votam à missão de ensinar e consolar os que sofrem. Em parte alguma escasseia o amparo divino."


5ª Região - Terceiro Subplano

No livro "Técnica da Mediunidade" , Carlos Torres Pastorino assim define este subplano:

"Mais luminosa que as anteriores, chegando os desencarnados católicos a confundi-la com "o céu". Nessa região situam-se os templos de diversas religiões, escolas mais avançadas, hospitais perfeitos com a finalidade de estudo e aprimoramento científico, ministérios de preparação e assistência para reencarnação de espíritos que possuem tarefas mais especializadas, treino rigoroso e sério de criaturas que vão desempenhar papéis de maior importância quando regressarem ao corpo físico.

Para essa região encaminham-se os seres que, na Terra, já se haviam entrosado no trabalho filosófico e religioso, e que assistem os encarnados como mentores de maior "gabarito" e elevação comprovada.

" Dessas regiões vem os denominados "espíritos guias" de coletividades e de médiuns, que assumem a tarefa de dar comunicações e mensagens instrutivas e edificantes, de ditar obras esclarecedoras, de trazer, enfim, aos encarnados, conselhos e diretivas para a vida. "

Acreditamos se encontrar nesse subplano Nosso Lar e também a colônia Grande Coração, citada nas obras de Hercílio Maes (junto a Atanagildo e Ramatís).

Retiramos o seguinte trecho do livro "A Vida Além da Sepultura", de Hercílio Maes, Atanagildo e Ramatís: "À medida que os espíritos se elevam para regiões mais"puras" ou mais "altas", como melhor quiserdes conceituá-las, é óbvio que ingressam em coletividades de maior responsabilidade administrativa do planeta terráqueo; a sua supervisão abrange países inteiros, raças e mesmo continentes. Assim, na mesma faixa vibratória do Astral em que se situa a metrópole do Grande Coração, também vivem outras comunidades astrais, com igual responsabilidade, mas controlando certas zonas geográficas de países europeus, africanos, asiáticos e americanos.

Igualmente, acima ainda dessa região superior, encontram-se " nações espirituais " de cada raça ou povo terreno, governadas por espíritos responsáveis pela coesão e progresso das cinco principais raças que povoam os cinco continentes mais notáveis da Terra. Explicam-nos os espíritos sábios que a esfera "mais alta" ou "mais íntima", de todo o Astral terráqueo, já é tão quintessenciada ou tão sutilíssima, que se desvanece como franja luminosa em torno do globo terrestre e a sua aura alcança mais da metade da distância entre o vosso planeta e a Lua.


6ª Região - Segundo Subplano

Muito mais bela e colorida, luminosa e deslumbrante, é onde geralmente permanecem os BONS artistas e os espíritos mais elevados em todos os setores do progresso humano.


7ª Região - Primeiro Subplano

Aquela onde permanecem, geralmente, os intelectuais que dignificaram a inteligência com obras de valor, os cientistas que se dedicaram desinteressadamente ao desenvolvimento da humanidade, os inventores de obras úteis aos homens, quando ainda estejam todos eles presos aos problemas intelectuais de mistura com as emoções.



A vida no Plano Astral

Temos uma grande diversidade de habitantes no plano astral.

As plantas e animais também aí existem, se aprimorando também para a evolução, pois que tudo que tem vida cresce, evolui.

Há também os desencarnados, que após a morte do corpo físico habitam os diferentes subplanos do astral.

Eles se encontram atraídos para regiões que se afinizam com o seu padrão vibratório. Alguns habitam regiões inferiores em missão de auxilio e instrução.

Cada um tem uma região limite que pode alcançar. Assim, os mais degradados não podem sair das zonas purgatoriais até que a grande condensação de energias negativas seja minimamente expurgada.

Depois de expurgar as toxinas astrais mais pesadas que tinham se aderido ao seu corpo astral, eles podem se redimir, pedindo o auxilio dos espíritos superiores, que de pronto o atendem e o levam para os Postos de Socorro. Pelo caminho contrário, encontramos espíritos que aproveitam o fim do período purgatorial para se vincular a falanges de espíritos trevosos. Agravam ainda mais o seu saldo com a Justiça Divina, e um dia, querendo ou não, terão que acertar as contas sobre toda maldade praticada.

Também existem limites para aqueles que já iniciaram o vôo rumo ao pai. Mesmo os instrutores, amigos, médicos espirituais encontram-se limitados por seu "peso" cármico e pelo grau evolutivo que alcançaram.

Contudo, vemos na crosta e em subplanos inferiores equipes de amigos espirituais em missão de socorro. Eles renunciam às belas paisagens das colônias espirituais para servir ao Cristo, junto daqueles que ele tanto ama. Eles estão nos templos, nos centros, nas igrejas, em pequenos núcleos caseiros, em qualquer lugar onde se possa construir um núcleo de apoio fraterno.

Estão sempre vinculados às colônias espirituais e são a coluna de apoio para ajudar os amigos encarnados.

Os encarnados também habitam o plano astral. Durante o sono físico, nos desprendemos (desdobramos) e somos levados para regiões que se afinizam com a nossa conduta (pensamentos, ações e sentimentos) .

Encontramos encarnados em tarefa de auxilio, nos hospitais, nos centros, alguns estudando, outros ensinando. Desprendidos dos laços físicos conseguimos atuar com maior plenitude das nossas faculdades mentais.

Do outro lado, encontramos encarnados que durante o sono físico são levados até os umbrais, são perseguidos por obsessores, ou que convivem com os espíritos de baixo padrão vibratório que eles mesmo atraíram com seus pensamentos e sentimentos desequilibrados.

Para os mestres, iniciados, sábios ou santos, que já conseguiram se despojar do apego, da aversão, do desejo, o plano astral não consegue se adequar ao seu altíssimo padrão vibratório. Eles seguem então para o plano mental, passando, por assim dizer, por uma segunda morte, a morte do desejo. Habitam um plano maravilhoso, onde também auxiliam a nós, pequeninos peregrinos da vida maior.

Nas obras de Pastorino e da Teosofia o plano astral é citado como ilusório, e as cidades e colônias espirituais são colocadas como construções mentais de espíritos, que as mantém assim através do seu vigoroso pensamento.

Concordamos que os espíritos vivem, cada um no seu grau evolutivo, envoltos por ilusões.

Os espíritos apegados à matéria vivem a ilusão da felicidade dos tesouros perecíveis, aniquilam os bens eternos de que tem direito para viver uma vida de prazeres e futilidades.

Os espíritos vingativos vivem a ilusão da vingança que tem direito, imaginando que sua felicidade está na queda dos que o prejudicaram, voltando-se depois para todos os que estão contra os seus pontos de vista ou ações.

Os espíritos apegados aos prazeres terrenos vivem, após o desencarne, presos aos encarnados, sugando-lhes como vampiros as energias sexuais. Ficam cegos para a luz divina.

Também existe a ilusão para os que estão no caminho do senhor. Deus não pede uma mudança brusca a nós todos.

Não podemos menosprezar ou criticar aqueles que estão um ou dois passos atrás. O que estamos percorrendo é um caminho e, hoje, aquele que está um passo atrás pode saltar a nossa frente. Tudo é possível nessa escola de vida que é o nosso planeta.

Por isso, se ainda vivemos de alguma forma na ilusão dos desejos, que caminhemos conscientes rumo ao topo dessa divina montanha, desatando todos os nós de ilusão criados por nós mesmos, até que em nossa alma não exista mais nenhum resquício de desejo.

Devemos lembrar que muito mais bonito o triunfante caminho percorrido que a paisagem exuberante que encontraremos no final.

O caminho deixará marcas inesquecíveis.

E serão essas marcas que te farão lembrar quem somos.

Um filho que busca o Pai é uma chama de luz, que ilumina o caminho dos que vivem na escuridão.

Lança-te ao amor, chama de vida, e ensina aos teus irmãos o que é amar.

Pois que o fogo ardente do amor arrancará muitos que se encontram no sofrimento. A verdade deve ser vivida e exteriorizada em todos os planos da vida.

O corpo dos desejos, das emoções, do sentimento é vaso santificado para o desprendimento do reino animal, angariando conquistas para a formação do anjo, do sábio, do santo.

Segue convicto que teus pensamentos, emoções e ações são tua história de redenção, escrita com no livro de nosso Senhor, que escreve tudo que faz, de bom ou de ruim. Ele te ama e escreve para que lembres, que ELE sempre te amou, sempre te amparou e que NUNCA desistiu de você.

Muita Paz.



Referências

- Tecnicas da Mediunidade - Carlos Torres Pastorino.
- Projetando Luz - Um Guia de Aprendizado Espiritual - Narcí Castro Souza.
- Tambores de Angola - Robson Pinheiro Santos
- Nosso Lar - Espírito André Luiz e Francisco Cândido Xavier.
- Os Mensageiros - Espírito André Luiz, Francisco Cândido Xavier.
- Evolução em Dois Mundos - Espírito André Luiz, Francisco Cândido Xavier.
- Mensagens do Astral - Espíritos Atanagildo e Ramatís, Hercílio Maes.

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